
No longínquo ano de 1984 havia em Itanhém um grupo de teatro chamado Renascença. Era formado por Erlan Vital, Alemão, Tito, Nilson (irmão de Lorin Psit), Zé Geraldo e Bacalhau (o Bakas, irmão de Bão), entre outros que não me lembro agora. O grupo, apesar do nome clássico, apresentava peças engraçadíssimas, sem pé nem cabeça, onde rolava muito improviso e criatividade.
Pois bem, foi inspirado no “sucesso” do Renascença que um bando de moleques despreocupados da vida (afinal de contas estavam entre os 12 e 13 anos) se juntou para também formar um grupo teatral. Erlei Vital, Seski Loyola, Jan Clésio, Audrey Correia, Ricardo Correia e Gicélia Mendes, todos colegas da 5ª série do Polivalente. Formaram então o Grupo Teatral “Anjos de Paz”. O nome saiu do trecho de uma música de grande sucesso na época: “Sonho de Ícaro”. Todo sábado a tarde o Biafra cantava no programa do Chacrinha: “Voar, voar, subir, subir...” pra no refrão dizer “Anjos de gás, asas de ilusão...”. A gente confundiu gás com paz e assim nasceu o nome do grupo.
A primeira apresentação do Anjos de Paz foi um desastre. Mas a segunda... Foi outro ainda pior. Parecia que São Pedro não ia com nossa cara. O primeiro “espetáculo” foi no Salão Paroquial da Igreja Católica num domingo bonito e ensolarado. O grande trunfo do Anjos de Paz era a imitação de um bebê chorão que Audrey fazia e que arrancava gargalhadas de todo mundo. Assim nasceu a peça “Criança é fogo!” onde ele fazia um bebê que abria o berreiro toda vez que sua babá tentava dar uma escapada pra namorar. A mulher saia de fininho e quando abria a porta ele abria a boca: uééééééééé!!!
Pois bem, aquela tarde, que se iniciara ensolarada, começava a esboçar um cenário nebuloso. O tempo fechou e no meio da apresentação começou a ventar, trovejar, enfim, parecia que o mundo ia acabar. E mesmo assim a peça ia se desenrolando até que do meio da platéia ouviu-se um grito: - Chega, gente! É bom parar logo com isso porque vem chuva grossa por aí e essas crianças tem de ir embora pra casa.
Era Dona Ana Luz, mãe de Jan Clésio, que, acompanhada da amiga Dona Vivi, ficou preocupada com a aflição das mães daquela molecada toda que estava ali até àquela hora, umas seis e meia da tarde (isso em 1984 era tarde para os adolescentes, acostumados a esse horário estarem em casa assistindo “Os trapalhões” com a família). Foi um corre corre danado, a chuva começando a cair, relâmpagos, trovões, gritaria, enfim, uma confusão. O grupo desarmando as cortinas, correndo pra arrumar as coisas e se mandar dali. E Jan Clésio de cueca chorando, ouvindo sermão de Dona Ana e inconformado com a súbita interrupção de sua mãe naquele que era o primeiro espetáculo teatral do Anjos de Paz, exclamava: - Pra que que a senhora fez isso, mãe??
A segunda apresentação do grupo foi nos fundos do Recanto Tia Nenga. Nem Dona Vivi nem Dona Ana compareceram (graças a Deus!). Mas choveu de novo e foi pior dessa vez. Só o palco era coberto e na hora da chuva a platéia (uma meia dúzia de pessoas) correu pra junto do grupo que se apresentava. O resultado é que ficou todo mundo em cima do palco esperando a chuva passar. E ela não passou.
Imoral da história: Renascença e Anjos de Paz foram, portanto, uma espécie de ensaio do que seria mais tarde a equipe Tantans, da gincana da cidade. Mas isso é uma história que fica pra outro dia.
Pois bem, foi inspirado no “sucesso” do Renascença que um bando de moleques despreocupados da vida (afinal de contas estavam entre os 12 e 13 anos) se juntou para também formar um grupo teatral. Erlei Vital, Seski Loyola, Jan Clésio, Audrey Correia, Ricardo Correia e Gicélia Mendes, todos colegas da 5ª série do Polivalente. Formaram então o Grupo Teatral “Anjos de Paz”. O nome saiu do trecho de uma música de grande sucesso na época: “Sonho de Ícaro”. Todo sábado a tarde o Biafra cantava no programa do Chacrinha: “Voar, voar, subir, subir...” pra no refrão dizer “Anjos de gás, asas de ilusão...”. A gente confundiu gás com paz e assim nasceu o nome do grupo.
A primeira apresentação do Anjos de Paz foi um desastre. Mas a segunda... Foi outro ainda pior. Parecia que São Pedro não ia com nossa cara. O primeiro “espetáculo” foi no Salão Paroquial da Igreja Católica num domingo bonito e ensolarado. O grande trunfo do Anjos de Paz era a imitação de um bebê chorão que Audrey fazia e que arrancava gargalhadas de todo mundo. Assim nasceu a peça “Criança é fogo!” onde ele fazia um bebê que abria o berreiro toda vez que sua babá tentava dar uma escapada pra namorar. A mulher saia de fininho e quando abria a porta ele abria a boca: uééééééééé!!!
Pois bem, aquela tarde, que se iniciara ensolarada, começava a esboçar um cenário nebuloso. O tempo fechou e no meio da apresentação começou a ventar, trovejar, enfim, parecia que o mundo ia acabar. E mesmo assim a peça ia se desenrolando até que do meio da platéia ouviu-se um grito: - Chega, gente! É bom parar logo com isso porque vem chuva grossa por aí e essas crianças tem de ir embora pra casa.
Era Dona Ana Luz, mãe de Jan Clésio, que, acompanhada da amiga Dona Vivi, ficou preocupada com a aflição das mães daquela molecada toda que estava ali até àquela hora, umas seis e meia da tarde (isso em 1984 era tarde para os adolescentes, acostumados a esse horário estarem em casa assistindo “Os trapalhões” com a família). Foi um corre corre danado, a chuva começando a cair, relâmpagos, trovões, gritaria, enfim, uma confusão. O grupo desarmando as cortinas, correndo pra arrumar as coisas e se mandar dali. E Jan Clésio de cueca chorando, ouvindo sermão de Dona Ana e inconformado com a súbita interrupção de sua mãe naquele que era o primeiro espetáculo teatral do Anjos de Paz, exclamava: - Pra que que a senhora fez isso, mãe??
A segunda apresentação do grupo foi nos fundos do Recanto Tia Nenga. Nem Dona Vivi nem Dona Ana compareceram (graças a Deus!). Mas choveu de novo e foi pior dessa vez. Só o palco era coberto e na hora da chuva a platéia (uma meia dúzia de pessoas) correu pra junto do grupo que se apresentava. O resultado é que ficou todo mundo em cima do palco esperando a chuva passar. E ela não passou.
Imoral da história: Renascença e Anjos de Paz foram, portanto, uma espécie de ensaio do que seria mais tarde a equipe Tantans, da gincana da cidade. Mas isso é uma história que fica pra outro dia.
2 comentários:
Rebuscado, bastante interessante e legal contar essa história, creio q as pessoas q se lembrarem ao menos de algum participante gostarão de saber.
Essa valeu.
Ei Jan que bom rever e imagino reviver esses momentos bacanas da juventude de nossa Itaném..Precisamos resgatar essa memória, mostar a nossa juventude nerd, funkeira, pagodeira essa simplicidade da cultura popular que tanto nos toca o coração..Aí entra a emoção da gincana..outra história que está gravada em nossa alma..
Valeu artista..poeta..Valeu Jan Clésio.
Elane Botelho
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