
Um dia ainda eu vou usar os óculos do meu chefe. Talvez você ainda não tenha se dado conta, mas os óculos dos chefes são muito diferentes dos óculos de quem não é chefe. Eles são fabricados com uma lente especial: a bi fuck-all. Através dela, os chefes conseguem enxergar tudo azul, lindo e maravilhoso, onde nós, pobres mortais, só enxergamos merda pura. Com eles você consegue ver uma gota d’água fácil de enxugar, onde já está tudo inundado faz tempo.
Mas um dia eu ainda vou ter um par de lentes desses. Ah, se vou! Nem que para isso eu precise pedir pra um deputado amigo do meu pai fazer alguma armação.
E no dia em que eu conseguir isso. No dia em que eu conseguir usar os óculos do meu chefe, sabem o que vai acontecer? Eu, também, vou ter o privilégio de achar que tudo, mas tudo mesmo, é fácil (desde que não seja eu quem precise fazer). Por exemplo: chupar cana, plantar bananeira e assoviar o hino do Japão (de trás pra frente) vai ser moleza! Beijar o cotovelo, pulando com uma perna só, e dançando a dança do créu então, é como tirar doce da boca de uma criança.
Por que, é como diz o ditado: “o que os óculos do chefe vêem os ombros do peão não sentem”. Porque eles vêem tudo, pura e simplesmente, muuuuito fácil de fazer. Afinal de contas, diferentemente do seu subordinado, que é obrigado a por o trabalho em primeiro lugar e, portanto, tem pouco tempo para resolver seus problemas pessoais, todo chefe – viva a ciência moderna! – tem um clone em casa.
E, enquanto
seu clone resolve todos os seus problemas em casa, sobra tempo para ele, por exemplo, insistir com seus subordinados que, pensando bem, com um jeitinho, dá para enxugar gelo, tirar leite de pedra, e por aí vai. Sim, porque para ele há tempo e jeito pra tudo (desde que não seja ele quem precise fazer tudo, claro).
Quer outro exemplo de como todo chefe tem sempre um clone gordo em casa pra quebrar um galho de vez em quando? O chefe não gripa, não tem dor de barriga, cabeça, enfim, tem pavor de atestado médico. O filho do chefe também não adoece. E, se adoece, tem o pobre do clone para levá-lo ao hospital. A mulher do chefe, idem. Se for para levá-la a um restaurante, a uma festa ou até mesmo no motel, lá está o clone, sempre pronto pra tudo. Porque o chefe certamente estará ocupado demais limpando os óculos.
Peraí, eu disse motel?
Quer saber? Os óculos do chefe eu até posso usar algum dia, mas quanto ao clone, meu amigo, eu o dispenso solenemente.
Mas um dia eu ainda vou ter um par de lentes desses. Ah, se vou! Nem que para isso eu precise pedir pra um deputado amigo do meu pai fazer alguma armação.
E no dia em que eu conseguir isso. No dia em que eu conseguir usar os óculos do meu chefe, sabem o que vai acontecer? Eu, também, vou ter o privilégio de achar que tudo, mas tudo mesmo, é fácil (desde que não seja eu quem precise fazer). Por exemplo: chupar cana, plantar bananeira e assoviar o hino do Japão (de trás pra frente) vai ser moleza! Beijar o cotovelo, pulando com uma perna só, e dançando a dança do créu então, é como tirar doce da boca de uma criança.
Por que, é como diz o ditado: “o que os óculos do chefe vêem os ombros do peão não sentem”. Porque eles vêem tudo, pura e simplesmente, muuuuito fácil de fazer. Afinal de contas, diferentemente do seu subordinado, que é obrigado a por o trabalho em primeiro lugar e, portanto, tem pouco tempo para resolver seus problemas pessoais, todo chefe – viva a ciência moderna! – tem um clone em casa.
E, enquanto
seu clone resolve todos os seus problemas em casa, sobra tempo para ele, por exemplo, insistir com seus subordinados que, pensando bem, com um jeitinho, dá para enxugar gelo, tirar leite de pedra, e por aí vai. Sim, porque para ele há tempo e jeito pra tudo (desde que não seja ele quem precise fazer tudo, claro).
Quer outro exemplo de como todo chefe tem sempre um clone gordo em casa pra quebrar um galho de vez em quando? O chefe não gripa, não tem dor de barriga, cabeça, enfim, tem pavor de atestado médico. O filho do chefe também não adoece. E, se adoece, tem o pobre do clone para levá-lo ao hospital. A mulher do chefe, idem. Se for para levá-la a um restaurante, a uma festa ou até mesmo no motel, lá está o clone, sempre pronto pra tudo. Porque o chefe certamente estará ocupado demais limpando os óculos.
Peraí, eu disse motel?
Quer saber? Os óculos do chefe eu até posso usar algum dia, mas quanto ao clone, meu amigo, eu o dispenso solenemente.
4 comentários:
Um dia será chefe, aí verá através da ótica da lente dele e mt provavelmente conseguirá enxergar q a visão pode ser um pouco diferente do imaginado.
Gean Gleison Vitório
Quem e esse Gean Gleisson q se diz chefe / (nao tenho interrogacao ne C cedilha no meu micro, nem tio dos ao) com certeza nao e chefe e muita menos usa oculos
Seski
E esse bosta desse Seski pra dizer q o Gean disse q é chefe ?!!!
O Gean só conjecturou uma reflexão ecoidal.
É interessante quando podemos fazer observações a respeito do outrem, muitas vezes não se colocando no lugar do mesmo. (Falo de chefia e chefiados). O chefiado recebe cobrança de um mais chefes, no seu caso Jan, dois. Enquanto o chefe é cobrado por 150 mil pessoas, 8 chefes acima deles e 25 chefiados, neste caso, eu, que agora comento sua crônica. Pra não esquecermos, já estive nos dois lados da moeda. Antes de ser chefe, somos seres humanos, que ainda não parecendo: sorrimos, choramos, comemos, sofremos e também temos familia. Às vezes a diferença está no modo como lidamos com os problemas, simplesmente isso. Quem sabe um dia você esteja deste lado, e saberá como se sente este que vos escreve, eu, o seu chefe.
VANER BENETTI
Postar um comentário