
categoria: crônica
Daqui há alguns meses (dias, tomara) eu e minha esposa faremos o mesmo que já fizeram Elba Ramalho, Marcelo Anthony, Zeca Pagodinho e Angelina Jolie. Não. Nós não vamos fazer novela, cantar pagode, forró ou ir pra Hollywood. Vamos, sim, adotar um bebê.
No princípio, o susto: meu Deus! E agora? Eu que sempre sonhei, como, aliás, todo mundo sonha, em ter um rebento que herdasse meus trejeitos dos tempos de menino, meu rosto, minhas macaquices. Ou então a linda cor da mãe e seu talento para as artes: poesias, contos, pinturas; o interesse do pai, bem menos talentoso, para todas essas coisas também e para piadas, humor e tudo mais.
E agora, porém, me via perdendo a chance de ver uma criaturinha nascendo e “puxando” tudo isso.
Mas, que nada, o susto se desfez logo que percebi o quanto outra gama de valores e sonhos seriam tão relevantes quanto os que acabei de citar. E além do mais, meus amigos, depois que você firmemente decide que vai adotar, tudo aquilo do qual falei vai se dissipando aos poucos à medida que novas emoções vão surgindo.
Por exemplo, no dia que fui ao fórum dar entrada nos papéis para a adoção, assim o fiz com tanto orgulho e sentimento de paternidade que, ao pegar aquele papel com a lista de documentos necessários, era como se tivesse acabado de sair de um Laboratório com o resultado de um teste de gravidez que disesse: positivo. Positivo, minha mulher está grávida.
E, no mais, admito a pouca modéstia, tem me feito um bem enorme saber que seremos, eu e minha esposa, protagonistas de um ato, como muitos casais também o são, tão bonito e digno. Embora, em pleno século XXI, não falta quem nos digue: “mas porque não continuam tentando?”, como se o fato de decidirmos pela adoção nos tornasse menos pais ou, então, que tal decisão fosse para nós como uma espécie de paliativo, tipo “já que não há outro jeito, o jeito é nos consolar com a adoção”. (!!!!)
Adoção não é consolo, não é um improviso. Tem de ser pra valer, como é pra valer gerar, dar a luz e criar.
Nos últimos dias eu tenho descoberto que, tão importante quanto dar valor à características físicas, e até comportamentais, da minha futura filha, é saber do imenso amor que ela terá quando chegar. Puxe a quem puxar.
Não estamos acompanhando sua gestação, não fizemos ultra-som e nem ouvimos as primeiras batidas do seu coração. Mas o quarto dela já está pronto, cor-de-rosa como manda o figurino, e já com o bercinho, o guarda-roupa e todos aquelas coisinhas fofas que deixam qualquer marmanjo todo derretido.
E nosso coração bate cada vez mais forte. Cada enfeite novo, cada adereço, pacotinho de fraldas que compramos ou então cada plano que fazemos para ela tem o extraordinário efeito de torná-la, ainda que ausente, gerada por nós e para nós. E sua presença é inevitavelmente notada em nossas conversas, afinal já se tornou corriqueiro e familiar, aqui em casa, falar do quarto dela, das roupas dela, suas futuras birras ou graças, o que ela vai achar disso ou daquilo, e assim por diante.
Sabemos que, ao contrário de quem espera por nove meses, nós esperaremos por, sei lá quanto tempo, no máximo um ano, ou mais se for necessário. Esperamos que não.
E é nessa brincadeira de esconde-esconde (cadê você, menina?) que aguardamos, grávidos, babões, bobões, impacientes, ansiosos e, acredite, até enjoados, a chegada de nossa filha.
Nossa pequena e amada Alice.
No princípio, o susto: meu Deus! E agora? Eu que sempre sonhei, como, aliás, todo mundo sonha, em ter um rebento que herdasse meus trejeitos dos tempos de menino, meu rosto, minhas macaquices. Ou então a linda cor da mãe e seu talento para as artes: poesias, contos, pinturas; o interesse do pai, bem menos talentoso, para todas essas coisas também e para piadas, humor e tudo mais.
E agora, porém, me via perdendo a chance de ver uma criaturinha nascendo e “puxando” tudo isso.
Mas, que nada, o susto se desfez logo que percebi o quanto outra gama de valores e sonhos seriam tão relevantes quanto os que acabei de citar. E além do mais, meus amigos, depois que você firmemente decide que vai adotar, tudo aquilo do qual falei vai se dissipando aos poucos à medida que novas emoções vão surgindo.
Por exemplo, no dia que fui ao fórum dar entrada nos papéis para a adoção, assim o fiz com tanto orgulho e sentimento de paternidade que, ao pegar aquele papel com a lista de documentos necessários, era como se tivesse acabado de sair de um Laboratório com o resultado de um teste de gravidez que disesse: positivo. Positivo, minha mulher está grávida.
E, no mais, admito a pouca modéstia, tem me feito um bem enorme saber que seremos, eu e minha esposa, protagonistas de um ato, como muitos casais também o são, tão bonito e digno. Embora, em pleno século XXI, não falta quem nos digue: “mas porque não continuam tentando?”, como se o fato de decidirmos pela adoção nos tornasse menos pais ou, então, que tal decisão fosse para nós como uma espécie de paliativo, tipo “já que não há outro jeito, o jeito é nos consolar com a adoção”. (!!!!)
Adoção não é consolo, não é um improviso. Tem de ser pra valer, como é pra valer gerar, dar a luz e criar.
Nos últimos dias eu tenho descoberto que, tão importante quanto dar valor à características físicas, e até comportamentais, da minha futura filha, é saber do imenso amor que ela terá quando chegar. Puxe a quem puxar.
Não estamos acompanhando sua gestação, não fizemos ultra-som e nem ouvimos as primeiras batidas do seu coração. Mas o quarto dela já está pronto, cor-de-rosa como manda o figurino, e já com o bercinho, o guarda-roupa e todos aquelas coisinhas fofas que deixam qualquer marmanjo todo derretido.
E nosso coração bate cada vez mais forte. Cada enfeite novo, cada adereço, pacotinho de fraldas que compramos ou então cada plano que fazemos para ela tem o extraordinário efeito de torná-la, ainda que ausente, gerada por nós e para nós. E sua presença é inevitavelmente notada em nossas conversas, afinal já se tornou corriqueiro e familiar, aqui em casa, falar do quarto dela, das roupas dela, suas futuras birras ou graças, o que ela vai achar disso ou daquilo, e assim por diante.
Sabemos que, ao contrário de quem espera por nove meses, nós esperaremos por, sei lá quanto tempo, no máximo um ano, ou mais se for necessário. Esperamos que não.
E é nessa brincadeira de esconde-esconde (cadê você, menina?) que aguardamos, grávidos, babões, bobões, impacientes, ansiosos e, acredite, até enjoados, a chegada de nossa filha.
Nossa pequena e amada Alice.
3 comentários:
Parabéns pela nova filhinha. O que ela herdará de vocês é justamente o que tem valor numa pessoa.
O mais foi o jeito do Universo não repetir essa cara na sua filha, né?
ahhhhhhhh!.. realmente estou pulando de felicidade por vcs e pela kerida alice, aguardo mais notícias.
abralçããum man
(((vibe positivas)))
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