quinta-feira, 22 de julho de 2010

Mudernidades



A cada dia que passa eu fico mais impressionado com a forma com que a tecnologia muda a vida da gente. Tudo fica mais fácil, mais prático. O nosso dia a dia, nosso relacionamento com as pessoas. Por exemplo, antigamente se um homem quizesse arranjar uma companhia, alguém que te ouvisse, que te entendesse, teria de que ir até uma praça, um barzinho, achar a mulher, cantá-la, pagar uma cerveja, jogar aquele xaveco, pra depois quem sabe levá-la a um motel.

Hoje não. Tudo é mais rápido. O cara entra na internet, compra uma boneca inflável, divide em seis parcelas no cartão e pronto. Tá resolvido.

Mas esse negócio de tecnologia realmente é uma coisa incrível. Quer outro exemplo? A compra de um remédio. Antes era um saco, uma coisa complicada e estressante, mais ou menos assim. O sujeito chegava na farmácia e ia logo dizendo pro balconista:

- Amigo, me vê aí um Doril. Eu tô com uma dor de cabeça daquelas.

O cara ia lá, pegava o comprimido, dava ao comprador que perguntava.

- Quanto foi?

O balconista dizia:

-Dois reais

O cara tirava o dinheiro do bolso pagava, pegava o troco e ia pra casa.

Ou seja, uma experiência terrível!

Hoje em dia, não. Graças a tecnologia, tudo é muito mais dinâmico e rápido.

O sujeito chegava na farmácia:

- Amigo, me vê aí um Doril. Eu tô com uma dor de cabeça daquelas!

O balconista diz, procurando o preço na tela do computador:

- Um momentinho, deixa eu ver, doralgina, dorflex, dorival, doril...pronto. doril. Dois reais. Mas, a gente também tem um genérico que fica pela metade do preço. Um momentinho, deixa eu ver... diclofenato de paracetopotasiol....pronto. Vai pagar com cartão, cheque ou dinheiro?

- Cartão.

Daí o cara pega uma cesta que cabe um peru da Sadia, pôe uma cartelinha de Doril dentro, dá um cartãozinho e manda a gente pra fila do caixa. A gente vai pra fila. A moça do caixa pede a identidade da gente pra conferir. Passa o cartão uma vez.

- Só um minutinho porque o sistema tá lento hoje.

Volta a passar o cartão. Retira o recibozinho amarelo, dá uma via pra gente assinar. A gente assina, a moça lembra que a compra dá direito a um cupom da promoção "Dia dos Pais". A gente preenche o cupom, mesmo morrendo de saber que nunca seremos sorteados em p...de sorteio nenhum, depositamos na urna, recebemos a sacolinha com o remédio e, ufa!, saimos pela rua com uma estranha vontade de esganar o Bill Gates e o Steve Jobs.

Um comentário:

Anônimo disse...

É por aí, eu tb preferiria voltar à época do escambo, assim eu poderia trocar o remédio e tudo o mais q eu precisasse pelo q eu sei fazer de melhor q é . . .

Ah não, melhor deixar do jeito q está.

Gean Gleison