domingo, 26 de setembro de 2010

EXTRA! EXTRA!


Gosto de ler jornais. Não posso ver um que vou logo vou folheando em busca de algo interessante, principalmente os assuntos de política e esporte.

Tá, vou admitir, leio também aquela parte das fofocas sobre celebridades e televisão. Futilidade também diverte, fazer o que!

Mas, em se tratando dos jornais locais, eu gosto especialmente das páginas policiais, ironicamente, as mais engraçadas. Além, claro, daquelas revistas que são uma espécie de prima pobre da Caras, com suas pseudo-socialites se exibindo em casamentos, batizados, exposições agropecuárias etc

Mas o que me diverte mesmo são os recorrentes erros de português cometidos por alguns “jornalistas”. Exceções à parte, vez ou outra não é raro encontrar quem escorregue na gramática, ignore crases, vírgulas, concordâncias verbais, enfim, é um terror. Sem falar de algumas informações que chegam ser hilárias de tão óbvias, por exemplo:

“POLÍCIA DESCOBRE QUE TRAFICANTE PRESO NESSA QUINTA-FEIRA TAMBÉM ERA USUÁRIO DE COCAINA” - Caramba! E eu jurava que traficante era tudo, fã de Beethoven, colecionador de selos, agora, usuário de cocaina??!!!!!

“A VÍTIMA ESTÁ ENTERNADA EM ESTADO GRAVE DEPOIS DE LEVAR CINCO TIROS” – Ou seja, revólver além de gatilho, agora também tem tecla enter.

Outro vício engraçado de nosso imprensa é o uso de termos técnicos para transmitir certar informações. Dizer que O ELEMENTO ENTROU EM ÓBITO APÓS SER ATINGIDO POR OJETO PÉRFURO CORTANTE fica adequado a um laudo pericial. Para o seu Zé e pra Dona Maria que lêem o jornal, o que importa é saber que A VÍTIMA MORREU DEPOIS DE LEVAR UMA FACADA, isso sim!!

E teve ainda o cara que foi BALEADO ENQUANTO FAZIA O CONCERTO DO CELULAR. – Faltou dizer se o celular tocava violino, piano, trombone...

E o que dizer de “A VÍTIMA É O SR. JUVENAL PEREIRA DOS SANTOS, MAIS CONHECIDO COMO JUVENAL”(!!!!!!!) – E eu achando que pessoas de nome Juvenal deveriam ser chamadas de Zeca, Tõe, Chico...

Sem falar dos textos e colunas que costumam vir, ou sem o nome do autor (quem escreveu?) ou quando identificado não diz o que é o autor (advogado, jornalista, motorista de taxi etc)

Enfim, essas e muitas outras pérolas estão aí todas as semanas nas bancas de revista da cidade.

O que nos resta é torcer para que o curso de Jornalismo que temos em nossa cidade consiga dar uma sacudida em nossos futuros Bettings, Conys e Boechats.

Vai ficar menos divertido? Vai. Mas, pelo menos, o pobre do Machado de Assis vai poder descansar em paz.


2 comentários:

Anônimo disse...

Bem,não sou muito chegado a tais coisas,porém como somos amigos,lá vai eu.Eu gostaria de que fosse melhor,mas aprendi respeitar as pessoas e observar,e poder dizer que elas tem potencial,basta querer desenvolver.Gosto de uovir pessos inteligentes,e ler bons livros que edificam.Bem falando serio,etava aguardando com bastante intusiasmo,o tal debate,porem não fiquei feliz,tanto é que nem assistir até o final.Usando suas palavras achei muito pifio,poderia ser melhor.Outra coisa se eu criar mais um poiquinho de coragem vou abrir um trem desse que vcs chamam de blog.

Anônimo disse...

Jan.

Revendo um material antigo da epoca da facu, achei um texto, acerca de analise do discurso....humoristico. Apesar do academicismo do texto, imaginei ser possivel compartilhar contigo. O mais proximo e mais bem sucedido humorista que conheço.
Vou deixar abaixo o link de onde encontra-lo na net.

http://www.primeiraversao.unir.br/artigos_volumes/numero034Nair.pdf


Boa sorte..

Ivan Albert